quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Nosso fim de semana

Bom dia Amigos da Caminho da Graça.

Neste final de semana nossa agenda esta muito legal.

Nosso Irmão Marcelo Quintela estara aqui e poderemos estar curtindo sua presença.
Se voce ainda não o conhece, por favor acesse o site www.caiofabio.net ou mesmo o youtube e digite o nome dele. Lá tem varias mensagens super interessantes.

Bem, nossa programação será a seguinte:

  • Sexta Feira a partir das 20:00 horas vamos nos reunir em minha residência.O endereço segue abaixo. Preciso que voce me passe seu nome caso venha. Deixarei uma lista de convidados na portaria do Condominio para facilitar sua entrada.
    • Av. Dos Vinhedos 100 Jardim Morada da Colina, Condomínio Gavea Hill 1. Fica proximo ao Shoping Uberlandia, seguindo pela  Nicomedes entre a direita  no segundo sinaleiro após o DMAE sentido UNIMINAS. É o primeiro condominio.
  • No domingo a partir das 13:00 estaremos reunidos no prédio do Cesar e da Monica. La acontecera um almoço de Batismo (apresentação) do Caio Cesar, filho deles. Se voce puder, por favor traga um refrigerante ou suco. O almoço vai ser cortesia do Cesar. 
    • Endereço do Cesar: Rua Professor Ciro de Castro Almeida numero 1905 ao lado do Supermercado Bretas Umuarama. Diga na portaria que voce vai ao almoço do Cesar. 
  • No domingo a noite Não teremos reunião na UFU !!!

Bom pessoal, o convite esta feito. Serão momentos especiais para aqueles que querem comunhão, que precisam da palavra VIVA do Evangelho que tem o poder de nos restaurar e encorajar. 

Grande abraço a todos.

Wellington Vanzo
(034) 91064250

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O Caminho é uma pessoa e seu nome é Jesus!
O maior é aquele que mais serve!


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Porque não faço (ou não fazemos) sucesso no mundo gospel



O que é "sucesso" na mentalidade evangélica brasileira? É o arrebatar das multidões. A produção frenética do êxtase. O ecoar ensurdecedor dos aplausos. É a milagromania sedutora. É o acúmulo da bajulação. A agenda tão lotada que sacrifica o espaço sagrado da convivência familiar. É o palco e suas luzes. A exposição repititiva da mídia. A escravização do retorno. É a enfermidade da visibilidade.

Pois bem, eu não faço sucesso no mundo gospel. Não tenho essa mídia toda. Ainda desfruto da glória oculta do anonimato. Meu telefone não toca alucinadamente. Ainda sou um rosto na multidão. Meus e-mails ainda são espaços de relação com meus amigos. Ainda brinco com meus filhos. Ainda ministro a Palavra de Deus em igrejinhas da periferia. Ainda durmo em paz com minha consciência. Ainda sirvo a Deus, e não a Mamon (Mt. 6.24; Lc. 9.13).

Não faço sucesso no mundo gospel porque não sou filho de pastor presidente. Não tenho as "costas quentes". Não tenho "padrinhos ministeriais". Não ando por atalhos, vielas, corredores subterrâneos ou portas secretas de acesso fácil ao poder. Não tenho alianças políticas. Não beijo os anéis dos poderosos. Ainda posso abraçar pessoas anônimas. Gente caracterizada apenas como "membresia desprezível". Não tenho sobrenome imponente. Não faço parte de nehum clã denominacional. Graças a Deus...

Não faço sucesso no mundo gospel porque não tenho uma conta bancária obesa. Não moro em mansão. Não tenho uma coleção de carros importados. Não sou empresário. Não dou um dízimo astronômico que me garanta privilégios e manias. Minha realidade é a da maioria esmagadora dos brasileiros, irmãos na luta por uma vida melhor, porém digna, honesta. Não vivo de milagres como quem busca entorpecentes para fugir de sua realidade. Meu milagre é continuar honesto. Ainda preciso fazer contas para não avermelhar o mês. Não faço compras na Daslu. Por isso não posso mandar o povo tocar no meu terno, ele não é Armani...

Não faço sucesso no mundo gospel porque tenho a irritante mania de pesquisar a Bíblia. Não consigo aderir à homilética dos enlatados. Não faço massagens, ministro mensagens! Não sei decretar, determinar, encostar Deus na parede. Não consigo violentar textos bíblicos para que eles legitimem meus malabarismos financeiros risíveis. Aliás, minha Bíblia não é uma bússola para o reino encantado do moneycentrismo. Ainda prego umas mensagens retrógradas: cruz, salvação, pecado, graça, retorno de Cristo... Essas coisas que não garantem sucesso.

Não faço sucesso no mundo gospel, mas "prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Fp. 3.14).

Fonte: http://alanbrizotti.blogspot.com/




A essência do que seja a "aparência do mal"



 
 
APARÊNCIA DO MAL... O QUE É?
 
Paulo nos ensinou que evitássemos toda "aparência do mal".
 
Mas o que é tal coisa?
 
Ora, a aparência do mal é o julgamento da Moral, da maioria, do juízo da mediocridade ou do olhar ignorante e que interpreta com malicia..; assim: "aparência do mal" é o olhar do outro.
 
Há ocasiões em que não se deve evitar a aparência do mal. Quando? Ora, quando o que está em jogo é mais importante do que "os outros" pensem de mim, pois, o que eu esteja fazendo seja bom, ainda que para a maioria seja "mal na aparência". Além disso, tais situações somente devem ser vividas quando se trata de seguir o amor em relação ao meu próximo; e não por um capricho meu...
 
É insensatez viver a aparência do mal apenas por capricho ou rebeldia infantil!
 
Jesus se expôs à aparência do mal sempre que foi necessário. Sim, sempre que se tratava de ajudar alguém, não importando a interpretação.
 
Isso, porém, tem que se submeter a uma hierarquia de valores... e que viaja do gosto pessoal caprichoso [aparência do mal insensata] ao que seja interesse legitimo do próximo quando está em grande necessidade [aparência do mal como solidariedade].
 
O jovem Jesus conversando num lugar solitário com uma jovem e bela mulher, na beira de uma fonte solitária, foi para os discípulos "aparência do mal", posto que "se admirassem que conversasse com uma mulher", embora nada Lhe tenham dito.
 
Assim, viver na "aparência do mal" sem que seja por algo mais importante do que a interpretação maliciosa, é solidariedade. Mas fazem isso por capricho, quando não é pecado contra consciências mais fracas, é, no mínimo, imaturidade.
 
Dá pra escrever um livro sobre isso [que não é só isso], mas o que aqui disse é a essência do que "aparência do mal" do mal é.
 
Nele, que nunca fugiu da solidariedade, mesmo contra as piores interpretações,
 
Caio
25/08/12
Lago Norte
Brasília – DF


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Postado por Blogger no Caminho da Graça | Blog em 8/25/2012 02:25:00 PM

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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Encontro de domingo.

Bom dia amigos do Caminho.

Neste domingo se nosso Deus permitir estaremos juntos la na UFU bloco 5 ó a partir das 19:00 horas.

Pela Fé que Deus coloca no meu coração e pela experiência de vida, acredito que a Comunhão é parte muito importante (essencial)  para o crescimento e amadurecimento espiritual.
Por isso, não deixe de estar com aqueles que por AMOR professam e vivem o Evangelho de Jesus Cristo. Faça um esforço e tenha animo para se juntar a outros.
Seja no Caminho da Graça, com seus amigos, em uma comunidade ou igreja, busque a comunhão !!!

Grande abraço a todos.

Wellington Vanzo.

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PAULO E A PSICOLOGIA DA BONDADE


II Coríntios 8 e 9—por favor leia os dois capítulos.


Em 1986 escrevi um livro chamado Uma Graça Que Poucos Desejam e que se baseia nos dois capítulos de II Coríntios acima mencionados.

A razão de eu ter escolhido aquele título foi em razão de que a mensagem daqueles dois capítulos não é apenas sobre dinheiro e nem tão somente acerca de como se proceder condignamente com os recursos do povo de Deus.

A mensagem que Paulo faz viajar pela circunstancialidade do levantamento de ofertas para que se ajudasse aos irmãos mais necessitados...carrega um cântico de amor e provocação ao ser.

O dinheiro era o tema, o procedimento em relação ao dinheiro era o elemento ético. A psicologia comunitária era explicita: gente que se ajuda, se irmana. A graça de Deus concedida gratuitamente a todos era o vínculo que os irmanava... 

Mas a mais sutil de todas as mensagens, era outra...

Deus disse a Abraão: Sê tu uma benção!

Trata-se de uma ordem para ser alguém por meio de quem muitos—todas as famílias da terra—dão graças a Deus.

Graças a Deus por Abraão!—digo eu sem pudor tantas vezes quantas sejam necessárias. Ele foi benção e é benção para todos os povos da terra.

Como seria o mundo sem Abraão?

Tenham certeza...seria outro mundo!

Do hebreu vieram as coisas excelentes... 

Ele creu em Deus e sua fé lhe foi atribuída como sua maior e única justiça aos olhos de Deus.

Nele eu sou abençoado...sou sua descendência na fé...sei que pertenço às muitas famílias que se beneficiaram da fé e da existência em fé daquele caminhante...

Bem, você pergunta: 

Mas e II Coríntios 8 e 9? 

Onde foram parar...nessa conversa?

O desafio de Paulo aos irmãos de Corinto era para que eles se tornassem seres cujas existências fizessem muitas pessoas poderem dizer "Graça a Deus por essa pessoas existir!"

Há um ciclo sendo apresentado por Paulo no espírito dos dois capítulos. 

Ele via naquela circunstancia prática uma chance de falar do dom inefável em Cristo, da superabundante graça de Deus, da provisão gratuita de Deus, para que os que de graça receberam de graça possam de graça também dar. E anuncia que agir assim é a essência da fé...Portanto, aquele gesto de ofertar em dinheiro para o sustento de irmãos necessitados, geraria alegria em quem dava—pois em tendo para dar, agradecia a Deus por ter de graça recebido—,e, além disso, aquele gesto suscitava gratidão nos que recebiam, pois, levantavam as mãos aos céus e davam graças a Deus por Suas mãos agora carregarem as impressões digitais de Seus filhos e filhas.

Assim, o convite de Paulo é para o exercício da bondade.

Bondade é a qualidade do bem que se manifesta como gratidão por se poder ser e ter, pois, sabe que é por ter sido feito assim; e tem..., por lhe ter sido dado antes por Deus.

Desse modo, a bondade é...é...é...é...é...é!

A bondade não se enxerga. 

Ela enxerga. 

Por isto ela é para tudo aquilo que seus olhos vêem, aquilo que ela mesma é: bondade!

Paulo almejava que a consciência cristã crescesse para esse nível de compreensão. 

A "oferta" era o pretexto objetivo que ilustrava a revelação da mecânica psicológica da bondade em fé. E de como gestos de graça operam sempre para elevar o nível da consciência humana, e remetem o indivíduo para aquele patamar de fé em Cristo, onde o que importa não é nada além de poder ainda aqui na terra se tornar um Ser Graças a Deus!

Ao invés das pessoas dizerem "graças a Deus" quando você vai...elas dizerem "graça a Deus" sempre que você aparece.

Nesse caso, você passa a ser a resposta à oração, a mão da misericórdia, o ouvido que ouve os silenciosamente envergonhados de dizerem quem são...e sua vida suscita gratidão a Deus em toda parte.

Seja você e seja eu—sejamos todos nós!

Seja um Ser Graças a Deus!

Graças a Deus, ele chegou...

Chegou o que é bom...

Graças a Deus por Jesus...o dom Inefável!

Caio


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Dê estas quatro coisas para seus filhos




"Traga-os aqui para que eu os abençoe." – Gênesis 48:9


Dê estas quatro coisas aos seus filhos:

1) Instrução. "Nunca se esqueçam das coisas que os seus olhos viram; conservemnas na memória por toda a sua vida. Contem-nas a seus filhos e a seus netos" (Dt 4:9 NVI). Não é responsabilidade do governo ou do sistema escolar formar o caráter e as convicções de seu filho, é trabalho seu! E Deus o responsabilizará por isso.

2) Correção. "Discipline seus filhos enquanto há esperança" (Pv 19:18 NLT). Os filhos que sabem até onde podem ir são aliviados de um grande fardo. Saber que você sustentará sua autoridade dá a eles segurança. Quando eles aprenderem que não realmente quer dizer NÃO, poderão dizer não a outros, e também aos seus próprios impulsos.

3) Bênção. "Respondeu José a seu pai: 'São os filhos que Deus me deu aqui'. Então Israel disse: 'Traga-os aqui para que eu os abençoe'". Os pais no Antigo Testamento impunham as mãos sobre seus filhos porque eles acreditavam que a bênção de Deus era transferível. Se ninguém fez isso por você, comece uma nova tradição, pois com a bênção de Deus vem a paz, a longevidade e a prosperidade (ver Deuteronômio 28). É por isso que o inimigo o ataca com tanta frequência; ele está tentando quebrar o elo através do qual a bênção de Deus é passada. Não permita que ele consiga fazer isso.

4) Exemplo. Um grande pregador certa vez olhou para o berço de seu bebê e orou: "Senhor, se um dia Tu criaste um homem, torna-me um agora. Que a minha vida, o meu exemplo e as minhas orações o moldem para ser alguém a quem Tu possas usar. E, Senhor, que eu morra 24 horas antes de dizer ou fazer qualquer coisa que o faça tropeçar".


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Ter ou Ser ??


                                     Quinta-feira, 16 de Agosto, 2012

VERSÍCULO:
  "Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o
seu senhor. Se o dono da casa foi chamado Belzebu, quanto mais os
membros da sua família!"
   -- Mateus 10:25

PENSAMENTO:
  Nosso alvo não é o "ter", e sim o "ser". Não devemos nos
preocupar com aquilo que temos ou alcançamos, e sim naquilo que nos
tornamos. É o suficiente para o verdadeiro discípulo ser como
Jesus. Este é o alvo. Não é conhecimento dele ou o reconhecimento
de outros homens. O alvo é ser como Jesus. O alcance deste alvo
dispensa qualquer outro. Dale Bruner refletiu sobre esta passagem
assim: "O fato que o Senhor Jesus experimentou tanto desprezo deve
ensinar seus discípulos que sucesso, como o mundo (e muita
religião) considera sucesso, não deve ser nenhum critério para
nosso discipulado. Sucesso no sentido Cristão é a habilidade de ser
como Jesus."
Jesus foi acusado de fazer milagres pelo poder de
Belzebu ("o príncipe dos demônios" Mt 12:24). É curioso que o
significado por trás do nome Belzebu possívelmente seja a junção
das palavras Baal, o deus dos cananeus, e zebul "casa". Ou seja, o
deus da casa ou, como Jesus usou, o "dono da casa". Ao invés de
reagir, Jesus consegiu ver nas próprias acusações dos seus inimigos
uma verdade maior – ele era de fato o dono da "casa" toda. Seja
qual for sua origem, este nome era um sinônimo de Satanás. Talvez
não haja uma ofensa maior do que chamar o Cristo pelo nome de seu
inimigo mortal. No entanto, o discípulo (que é como seu Mestre) não
deve revidar ou retrucar. A melhor resposta não sairá da sua boca,
mas, da sua vida. Não serão palavras respondidas, mas, uma vida
iluminada pela presença de Jesus. Deixe Jesus falar por você, por
meio de você, naquilo que você fala e faz, e naquilo que você
recusa falar ou fazer. Só assim as pessoas verão Quem elas
realmente precisam ver. Seja como seu Mestre – e todos, inclusive
seus inimigos, O verão. Talvez seja a eles que Jesus mais quer se
revelar. Você pode ajudar?

ORAÇÃO:
  Pai, perdoe as limitações de minha fé e força. Estou longe de
superar os hábitos e fraquezas do velho eu. Estou tão longe de ser
como Jesus. Mas, sei que o Senhor é poderoso para me transformar.
Obrigado por me ajudar a lembrar o alvo. Ajude-me a perseverar até
que possa ser, realmente ser, como meu Senhor. Em Jesus eu oro.
Amém.

http://www.hermeneutica.com/jd/1/0816.html


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Só pra (re) lembrar

O que é o Caminho da Graça

O Caminho é mais que um lugar ou um clube de iluminados. Trata-se de um movimento de subversão do Reino de Deus na Terra. 
Por esta razão, "o Caminho" é feito de gente chamada a assumir seu papel de sal que se dissolve e some para poder salgar; de fermento que se imiscui na massa e desaparece a fim de subverter; de pequena semente que se torna grande e generosa árvore que a todos acolhe; de Casa do Pai para os filhos Pródigos e também para os Irmãos Mais Velhos que se alegrarem com a Graça do perdão; e um ambiente espiritual no qual até o "administrador infiel" possa se consertar, e, assim, tentar fazer o melhor do que restou.

No Caminho todos são irmãos, e ninguém é juiz do outro. Assim, ajudam-se, mas não se esmagam uns aos outros, posto que no Caminho todos caem e levantam, todos se enfraquecem, mas não desanimam, todos são humanos, e, com humanidade são tratados, conforme o Dogma do Amor.

Desse modo, "os do Caminho" andam no mundo, no chão da terra, em meio à sociedade humana; e isto sem fazer propaganda religiosa, mas, antes e sobretudo, "sendo" povo de Deus entre os homens vivendo mediante a "fé que atua pelo amor".

Jesus nunca quis fundar uma religião. Nada foi mais danoso para a genuína fé do que terem-na feito tornar-se uma religião, entre as demais.

Seguir Jesus é aceitar um modo de ser, é assumir como vida as Suas palavras, e é dar testemunho do Evangelho não como uma "estratégia de evangelização", mas sim como a natural vocação da Vida em Cristo.

O "Caminho da Graça" é a simples busca de viver o Evangelho com tal consciência entre os homens. Nada mais e nada menos do que isto!

Portanto, se o que você aqui ler for algo que receba o testemunho interior do Espírito Santo como sendo verdade conforme o espírito do Evangelho, então, una-se àqueles que desejam apenas andar conforme o chamado original dos "do Caminho", conforme o livro de Atos.

Caio

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A CEIA DO "BASTA", MAS NÃO DOS BESTAS! (Caio Fabio)

  

Em Lucas 22 (14 em diante) Jesus diz que estava ansioso para tomar com os apóstolos "do fruto da videira", naquela que, historicamente, seria a Sua última ceia de Páscoa. E Ele conclui dizendo que não beberia outra vez do fruto da videira "até aquele dia" quando bebesse outra vez, com eles, no Reino de Deus. 

Os intérpretes em geral situam essa "nova ceia" no tempo quando Ele voltar a fim de restaurar todas as coisas. Desse modo, do ponto de vista de muitos, o "em memória de mim" de Jesus seria a prova cabal de Sua ausência da ceia e a afirmação de Sua presença apenas "naquele dia". Por tal razão de Sua "ausência" é que a "Igreja" assumiu o papel de "protetora da ceia", sendo ela, a "Igreja", aquela que determina quem está apto a participar ou não da ceia. Afinal, na ausência de Jesus quem decide tudo são os representantes autorizados, ou os substitutos dos "apóstolos".

Sim! Pelo modo como a "Igreja" trata a ceia fica claro que Jesus não faz parte dela, mas apenas aqueles que carregam o mesmo espírito dos que estavam presentes à "última ceia".

Assim, temos um Jesus ausente fisicamente da ceia e presente nas "memórias" dos fatos; e cuja "ausência" ganha presença no "controle da mesa" feita pelos que acham que hoje cumprem o papel dos apóstolos.

Ceia sem Jesus. Ceia com apóstolos!

Entretanto, conquanto mais adiante no texto Jesus fale do tempo no qual os doze apóstolos julgarão as doze tribos de Israel, ainda assim, fica difícil pensar que Jesus estivesse "se ausentado" da comunhão da ceia até um distante tempo escatológico, enquanto entregava a validação de Sua presença a doze homens e seus sucessores...

De fato, depois de ressuscitado, Ele mesmo começou a aparecer aos Seus discípulos quando "do partir do pão"; ou mesmo quando eles estavam juntos e Ele vinha, entrava onde estavam e "comia e bebia com eles, dando-lhes mandamentos pelo Espírito Santo".

Além disso, Sua promessa era a de estar com eles sempre, todos os dias, e isso não excluía o "partir do pão e o tomar do cálice".

O interessante naquela "última ceia" é que Jesus diz que está ansioso para participar daquele momento, pois, somente dele teria parte outra vez quando da chegada do Reino. Entretanto, para Jesus, Seu afastamento histórico não criava gap entre Ele e qualquer coisa desta vida. Afinal, Ele disse que estaria com dois ou três e com todos os que se reunissem em Seu nome, até o fim.

É inegável também que apesar de Jesus trabalhar com a categoria de Sua volta histórica ao mundo, entretanto, Sua maior ênfase é na Sua presença real, espiritual e existencial na vida dos discípulos, e a tal fato-existencial Ele chama de "reino de Deus". Afinal, Ele mesmo tirara da mente dos discípulos o culto à História e às fisicalidades quando disse que "muitos" apareceriam no campo, no deserto, nas montanhas ou no interior da casa se dizendo "o Cristo"; mas Ele advertiu: "Não os sigais... O Reino não vem com visível aparência... É invisível... Está dentro de vós".

Desse modo, há uma ceia de natureza existencial que Jesus toma outra vez sempre, no Reino Hoje, nos corações!

Assim, quando tomo a ceia, ofereço a Jesus minha "boca existencial" para que Ele coma o pão e beba o vinho em mim e comigo. Isto porque sei que até que Ele venha, e todo olho o veja, hoje, no reino, Ele como e bebe o que nEle eu como e bebo com alegria consciente e em fé.

O que acho interessante em todo o texto da ceia em Lucas é o fato de Jesus estar "ansioso" para tomar a ceia com eles. Então, a seqüência é devastadora. Sim! Do ponto de vista de alguém como eu aquela ceia teria sido uma tragédia. Eu teria vergonha de falar dela para alguém. Era a "última" e foi trágica.

E foi trágica em quê, se não na manifestação daqueles que hoje nós dizemos que são os que validam ou não as coisas de Jesus na Terra?

Primeiro há o traidor com a mão à mesa, conforme Ele mesmo disse.

Depois surge, durante a ceia, uma discussão entre eles, sobre qual deles "parecia ser o maior".

Não bastasse isso, Jesus adverte Pedro acerca de como Satanás o demandara a fim de "peneirá-lo" como se faz ao trigo, a fim de ver o que sobra... Mas Pedro disse a Jesus que ficasse tranqüilo, pois, ele, Pedro, estava ali não apenas para ser preso com Jesus, mas, também, até mesmo para morrer com Ele. Engano. Total engano. Um galo cantaria a verdade em pouco tempo. 

E para concluir aquela ceia, Jesus é irônico, e lhes diz que antes Ele mandara que eles não levassem nada com eles no caminho, mas que agora, a fim de que tudo das Escrituras tivesse seu cumprimento, que eles vendessem até as próprias capas, e comprassem espadas; pois, assim, eles estariam cumprindo a profecia que dizia que o Messias seria entregue entre malfeitores.

Então os discípulos prontamente se anteciparam e disseram: "Já temos duas espadas aqui!". Ao que Jesus disse: "Basta".

Ora, na ausência de Jesus da ceia fica quem então?

Ora, naquela ceia havia um traidor em açãoum grupo de tolos discutindo suas superioridadesum discípulo que não precisava da ajuda de Jesus nem contra Satanás, e, da parte de todos eles um entupimento sensorial triste, pois, nem mesmo podiam entender o espírito das palavras que Jesus dizia.

Mas era com essa gente que Ele desejava ardentemente tomar a ceia. E mais: não saiu queixoso ante as asneiras que ouvira. De fato, Ele apenas encerra tudo com um "Basta" sem comentários adicionais.

Eu, todavia, tenho apenas um comentário fazer hoje acerca de tal fato:

Se Jesus somente tomará a ceia comigo outra vez no Reino Escatológico conforme a visão dispensacionalista que se tem do sentido "escatológico", então, nas muitas ceias que tomamos, o melhor dos cenários é aquele no qual sentam à mesa para "ordenar a ceia" personagens no mínimo tão complexos quanto aqueles da ceia original.

Assim, temos a ceia do traidor, dos que disputam supremacias visíveis, dos que acham estão aqui para ajudar Jesus até contra o diabo, dos que acham que podem cumprir as profecias comprando os "cumprimentos proféticos". Sem Jesus sobra isto na ceia.

É por isto que na ceia que tomo Quem preside é Jesus, e nós todos somos apenas aqueles que estão presentes por pura graça, posto que de nós mesmos sejamos apenas aqueles que praticam a anti-ceia.

É pela mesma razão que não busco o reino fora de mim, pois, neste tempo, caso o reino não se estabeleça em mim, do lado de fora o reino que sobra é dirigido historicamente pelos que pondo a mão à mesa já a trouxeram de outras mesas nas quais "pactos de morte" são feitos; ou dos que assentam-se nos melhores lugares à mesa a fim de serem interpretados como "próximos e grandes"; ou ainda dos que julgam que eles é que são os responsáveis "pela segurança de Jesus" entre os homens; ou mesmo pelos que sentem-se no papel de "comprar e vender" desde que as profecias do reino se materializem pela mão do homem.

Ora, as palavras de Jesus ao final de tal ceia não são muitas. Afinal, o que mais tem Ele a dizer além de "Basta"?


Pense nisso! 

Nele, 


Caio