quarta-feira, 25 de junho de 2014

Sobre a entrevista do Caio no The Noite

Boa tarde amigos do Caminho da Graça.

Sobre a entrevista do Pastor Caio no programa The Noite, do Danilo Gentile, como era de se esperar, as repercussões são muitas.
Muitas de péssimo palavreado e sem nenhuma educação e respeito, estas vindas na maioria de crentes e outras até de bom tom e de criticas aceitáveis, vinda daqueles que estão fora da guerra religiosa comandada pelas igrejas.

Quanto a nós, acho que nada foi novidade, mas muito foi ensino de como se portar diante de um mundo com tantas dúvidas e tanta culpa vinda de onde deveria vir somente amor. Vale a pena assistirmos com muita atenção, e ter no Caio o exemplo contemporâneo do Evangelho de Jesus Cristo. Abaixo o link da entrevista completa e também um texto (o melhor que li) sobre o evento.

Grande abraço a todos.


Wellington Vanzo
(034) 91064250






"Pois quando alguém diz: "Eu sou de Caio Fábio", e outro: "Eu sou de Fábio de Melo", não estão sendo mundanos? Afinal de contas, quem é Fábio de Melo? Quem é Caio Fábio? Apenas servos por meio dos quais vocês vieram a crer, conforme o minis
tério que o Senhor atribuiu a cada um". Adaptado de 1ª. Coríntios 3:4-5

Eu já estou nisto há muito tempo... Talvez, por isso, já tenha visto quase tudo o que havia para se ver... E o que eu vi ontem? Alguma coisa nova? Algo extraordinário? Não. Eu vi um homem de bem, cheio de rugas no rosto e sofrimentos na alma, que já enterrou pai e mãe, que já enterrou filho, que gastou toda a vida em prol do Evangelho, indo e vindo sem parar, numa rotina louca, pregando e ensinando a Palavra, em todos os lugares e em todas as denominações cristãs dentro e fora do Brasil, sentar num sofá para bater um papo sobre a fé. Simples assim... 

Este mesmo homem foi – e ainda é – a maior expressão como pregador, mestre, pensador e escritor cristão no Brasil. Ele foi protagonista das maiores e mais bem sucedidas iniciativas evangélicas em nossa nação, através da VINDE e da Fábrica de Esperança – iniciativas do Evangelho Integral – além de possuir centenas de livros publicados, lidos por milhões de pessoas, um site com um compêndio de textos do tamanho de uma biblioteca virtual, além de uma das mais ricas vidiotecas sobre temas variados da fé em Jesus Cristo em bancos de imagens. 

Esse "reverendo", que abençoou a estes milhões e marcou uma geração inteira, que influenciou teólogos, líderes, pastores, escritores, bispos e presidentes de denominações, foi execrado em função de problemas de natureza íntima, pessoal e familiar, de forma pública e insuportavelmente intolerante – característica peculiar do movimento religioso – até praticamente sucumbir em sua vida e ministério. Mas aprouve a Deus, que o queria livre e leve, o levantar do "pó e do caos" para que continuasse pregando e ensinando para todo aquele que deseje ouvir e aprender sobre Jesus e o Evangelho.

Aí o Caião vai a um programa de televisão e o "mundo religioso" fica em polvorosa! Todo mundo critica, todo mundo crucifica, todo mundo persegue, mas todo mundo quer ver e ouvir o que o cara tem a dizer. "Joga pedra na Geni!", gritam os fundamentalistas. "Joga pedra na geni", alardeiam os ortodoxos, os guardadores da moral, dos bons costumes, da ortodoxia irreparável. Sim, estes que hoje jogam pedras são os mesmos que o endeusavam há anos atrás. Muitos dos que desejam ver Caio Fábio enterrado, comeram na sua mesa ou jantaram das sobras do seu ministério.

Fato, é que a história sempre se repte. O sábio estava mesmo certo... "Não há nada de novo debaixo do sol". Quem hoje crucifica o Caio, e se arvora a dizer que ele é um herege, que suas colocações são anacrônicas, não tem nem coragem nem envergadura para sentar com ele numa mesa e discutir, cinco minutos, com a bíblia aberta. A grande maioria dos que, hoje, desferem golpes certeiros, está, na verdade, debaixo da saia de algum outro líder, bebendo de alguma outra "fonte", se deliciando com o "herói" do momento, endeusando seu totem de ocasião, pois singularidade e autenticidade é privilégio conquistado por poucos. 

E por que, então, este texto? O Caio Fábio precisa de ajuda? Precisa de alguém para defendê-lo? Ora, isso é ridículo! O homem não tem mais nada para provar para ninguém. Ele vai num programa e o mundinho religioso brasileiro entra em pânico. Então, qual a justificativa? O texto é para que eu não me cale diante desta geração perversa! Para que eu saiba, sempre, em "Quem eu tenho crido", independente de Caio ou de outro qualquer, mas também para que não me esqueça de dizer: "A quem honra, honra", como afirma a Escritura. 

Ora, dizem alguns, "você concorda com tudo o que Caio disse?". Meu Deus! O Caio falou em nome de Caio, não em nome dos evangélicos brasileiros! O que vocês esperavam? Que ele chegasse lá de paletó e gravata, que saudasse Danilo com a "paz do Senhor"? Que falasse chavões do evangeliquês gospel e recitasse versículos bíblicos? Vocês queriam ver o "Caio Fábio dos evangélicos", como no passado, mas não compreenderam que, para ele, não dá mais para ser de Deus, por vocês, para crer, por vocês, para sentir, por vocês, para viver, por vocês! 

Sem soberba alguma, se você me der uma mensagem, uma entrevista ou um texto, de qualquer pregador, professor, pastor, mestre, conferencista cristão, eu lhe revelo, sem grandes esforços, dezenas de incongruências, falhas hermenêuticas, problemas semânticos, e por aí vai. Uma análise de "lupa", sobre o que alguém fala, sobretudo quando não há boa vontade, revelará sempre alguma inconsistência. Mas eu lhe garanto que, naqueles pouco mais de 25 minutos, se falou mais do Evangelho, com um poder de alcançar gente que ainda não o compreendeu, do que nas milhares de horas da TV aberta nos programas ditos evangélicos. 

No mais, quem gostou, gostou. Quem não gostou, que atire a primeira pedra! Enquanto muitos criticam, de suas poltronas, de suas salas vazias, de seus escritórios eclesiásticos, de suas catedrais frias, do alto de uma pseduo-ortodoxia, o homem vai pregando 3 horas por dia ao vivo na webtv, continua escrevendo, ensinando, liderando o movimento Caminho da Graça, abrindo pequenos grupos, acolhendo caídos, feridos, perdidos, motivando ações humanitárias na África, com o Caminho Nações, no sertão nordestino, com o SOS Religar, além de influenciar milhares de pessoas em todo o mundo com a mensagem que Deus lhe confiou. 

Por fim, gostaria de dizer que este texto não é uma provocação. Ele não é dirigido a ninguém, especificamente, nem a nenhum grupo, em particular. É meu desabafo, na minha time line, e merece ser respeitado. Se você não gosta, critique com sabedoria e educação, pois não desejo expor ninguém com um contra-argumento duro, se necessário. O que está aqui é apenas a fala de um homem já vivido, com quase 50 anos de idade, mais de 30 no Evangelho, que já andou o suficiente para saber como essa "roda" gira e como as coisas funcionam. Com reverência e respeito, sempre, e o coração pacificado em amor e graça, 

Carlos Moreira



quinta-feira, 19 de junho de 2014

Nota de falecimento- Dona Lacy D`Araujo (mãe do Pastor Caio)

Boa tarde amigos do Caminho da Graça.

Faleceu hoje a mãezinha do Pastor Caio Fabio, Dona Lacy.
Ela estava passando por problemas de saúde havia algum tempo.

Velório e sepultamento acontecerão em Manaus, onde Ela residia.

Vamos estar orando pela Família do Caio.

Abraço a todos e leiam a homenagem do Quintela abaixo.

Wellington Vanzo
(034) 91064250






AS ESTRELAS NÃO TEM CULPA - Homenagem a Dona Lacy D´Araújo


Isabela Boscov, articulista Veja, concluiu de modo interessante sua análise sobre o filme A CULPA É DAS ESTRELAS: "Não importa quanto vivam os seres humanos, eles estão fadados a sofrer a melancolia de todos os futuros que não tiveram. É essa, afinal, a culpa magnífica das nossas estrelas, a de nos fazer querer sempre um pouco mais".

É verdade! É esse o sentimento que mortes na juventude causam a todos. Essa é a tensão-tesão do livro feito filme. Há o lamento por tudo que não foi vivido, pelas impostas reticências ao invés do ponto final. Perdi um amigo pouco depois de formado em Medicina e exatamente no dia de seu casamento. Arrancado assim da vida, com um tiro na cabeça, seu velório teve a atmosfera do assombro da interrupção. Todavia, os velhinhos também não aceitam morrer. Não confessam, mas sofrem da Síndrome de Rita Lee: "não querem luxo nem lixo, seu sonho é ser imortal." De modo geral, sempre se espera por um futuro, mesmo que seja a prostração numa cama diante da televisão, havendo também quem alimente auto-enganos, como uma paciente minha que se voluntariou à África: "Doutor, conte comigo. No futuro, eu vou!" Ela tem 78 anos. Sempre se quer licença para um pouco mais. É essa a chamada "Angústia Essencial" que Freud advertia estar por trás de todos os nossos desejos: a consciência da finitude, que criatura outra alguma no planeta possui (Animais tem instinto de perigo, mas não convivem com uma espécie de contagem regressiva inconsciente, por isso acabam desperdiçando a vida... vivendo mesmo!). O co-autor do livro "1000 lugares para conhecer antes de morrer" morreu sem conhecer metade deles. Ele caiu da escada em casa. A sepultura é irônica, além de insaciável. Meu avô com 90 anos também queria mais. Um dia eu lhe perguntei: "Vô, a vida passou rápido?" "Passou". "Mas você teve tudo: mulheres e esposa, dinheiro, honras, vinho, filhos, amigos, netos, bisnetos...!" "Filho, nunca se está satisfeito e quanto mais perto eu chego da morte, menos a desejo"... Tive pena e perplexidade de saber que o corpo envelhece mas a alma não se sacia de dias... Uma paciente de 85 anos reclamou: "Eu sou a mesma pessoa que te emprestava um livro atrás do outro na sua adolescência. Eu sou eu, ainda; só que dentro de um corpo que não corresponde à lucidez!" - Ela me dizia isso enquanto lamentava os dedos atrofiados que a impediam de virar páginas. Ninguém quer virar a página final, fechar o Livro dos Dias, dar sua história por concluída. Um grande amigo me confessou que na sua lápide quer escrito: "Aqui jaz um contrariado!" 

Entretanto, costumo dizer que todos nós estamos destinados a viver a nossa vida TODA, não importa QUANTO isso signifique, porque a vida não pode ser concebida por sua quantidade de tempo, mas por sua qualidade de existir como GENTE. E quando a vida acabar, ela foi tudo que se viveu e foi todos que se teve! 

Escrevo essas linhas em homenagem à Dona Lacy D´Araújo, mãezinha deCaio Fabio D'Araújo Filho e Ana D'Araujo. Dona Lacy viveu tudo. Teve filhos e perdeu filho. Teve netos e perdeu neto. Teve marido e perdeu marido. Teve dinheiro e perdeu dinheiro. Experimentou todos os tipos de sentimentos que cabem num peito. Também plantou árvores e publicou livro. Dona Lacy morreu hoje como quem recebe a resposta de uma oração, posto que há muito já pedia para partir. Ela queria voltar pra casa, conhecer o PAI, rever os seus, livrar-se da dor, ganhar plenitude, deixar de contar os tempos, ignorar calendários. Para alguns, Dona Lacy morreu em paz por confiar na ilusão da eternidade. Para mim, todavia, ela VIVEU em paz por confiar que tudo que aqui se vive não passa de um prelúdio, e "o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu". Ela era simples e sábia.

Eu quero morrer. Em qualquer dia. Faltando o que tiver faltando fazer, sei que, depois da "passagem", não darei importância alguma ao não-vivido assim que a "morte for absorvida pela Vida". Vovô disse que, no finalzinho, era doce. Não sei. Nem desejo tanto assim, gozar no final. Quero morrer porque preciso! Sou cético dessa vida. Só creio na Ressurreição...rs. "Eu acreditaria em Deus... até se Ele não existisse". Jesus diria acerca da Dona Lacy : "Ela apenas dorme, mas vou despertá-la..." Ele mesmo ansiava, orando, por voltar "à Glória que tinha junto a Ti antes que houvesse mundo." 

Como as estrelas não tem culpa de nada, termino com minha frase preferida sobre morte desde quando lia T.S. Elliot indo pra escola: "E o fim ... será chegar ao ponto de onde partimos, e pela primeira vez conhecer o lugar". 

"Então, já não haverá noite..." Apocalipse 22.5

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Como posso contribuir financeiramente para a missão? | Caminho Nações.

Bom dia amigos do Caminho.

Hoje temos o prazer de contribuir por Amor ao próximo com a certeza que 100% da nossa contribuição sera usada para amparar PESSOAS !!!

Por favor, ore e contribua com essa causa.

Abraço e ótima semana a todos.


Wellington Vanzo
(034) 91064250




 
Como posso contribuir financeiramente para a missão?

Temos um ambiente totalmente seguro para você fazer sua doação por meio de Boleto ou Cartão de Crédito:
http://doeagora.caminhonacoes.com/

Você pode também fazer depósito bancário numa das contas abaixo:
Banco Itaú
Ag.: 2974 | Conta: 27523-8
Banco do Brasil
Ag.: 5705-3 | Conta: 50449-1
CNPJ: 13.099.198/0001-54

Pode realizar pagamentos online por meio do PagSeguro, PayPal ou Bcash:
http://goo.gl/qo8ZX7

Ou assinar para débitos automáticos em seu cartão de crédito por meio do PagSeguro:
http://goo.gl/RCtF4X

E para quem deseja fazer contribuições do exterior:
http://goo.gl/zMc6qA

Você faz uma doação e contribui para criarmos um futuro melhor para nossas crianças. 

Como sua doação é utilizada?
Os recursos depositados à nossa disposição não nos pertencem. São exclusivamente para o benefício daqueles a quem buscamos ajudar. E entendemos que você nos tem creditado um bem muito mais precioso do que dinheiro. Você tem depositado em nós a sua confiança para a execução de programas e ações que gerem mudanças positivas e duradouras na vida das crianças e adolescentes na África. Todo recurso arrecadado é integralmente investido em nossos projetos na Nigéria e no Senegal.

Teremos coisas bonitas pra contar! Contamos com você!
 
 

domingo, 15 de junho de 2014

ESTA É A MINHA IGREJA. VOCÊ QUER SER PARTE DELA


ESTA É A MINHA IGREJA. VOCÊ QUER SER PARTE DELA?

Quando Jesus disse que o "reino de Deus" ou o "reino dos céus" seria semelhante a [...] uma semente pequena que cresceria; ou como um fermento imperceptivelmente penetrante; ou como um tesouro escondido no campo; ou como uma pérola de grande valor, porém não disponível aos sentidos de todos; ou como uma candeia que iluminaria a todos os que estivessem na casa; ou ainda como o sal da terra — Ele apresentava, também, ao assim dizer, o paradigma do que a Igreja [a Dele] deveria ser como expressão visível do reino de Deus na comunidade humana.

Desse modo, as ênfases de Jesus são aquelas ligadas ao pequeno que cresce naturalmente a fim de acolher... [semente/árvore]; ao que tem como poder a pervasividade discreta [fermento]; a um valor indizível e que é conhecido apenas por quem o venha a conhecer em seu real significado [a pérola]; a uma riqueza escondida dos olhos de todos, e que não é objeto de propaganda [o tesouro oculto]; a uma luz para os da casa [a candeia; que ilumina a muitos se aumentarem as casas com sua luz no interior]; e à qualidade de gosto da presença dos discípulos, com poder de dar gosto divino onde estejam [o sal da terra].

Ora, em nenhuma dessas coisas a ênfase está na grandeza, na publicidade, na promoção ou na propaganda!

Ao contrário, a ênfase está na naturalidade do crescer, na pervasividade e na penetração decorrente de ser, no significado intrínseco da coisa em si, na sobriedade oculta de tal poder, que fascina por não ser massificado; na iluminação de grupos pequenos, como numa casa, e que altera primeiro os de dentro, e, aumentando o número de casas/povo iluminados, se faz visível ao mundo; e, sobretudo, a ênfase recai na qualidade essencial da natureza existencial dos discípulos, os quais, à semelhança do sal, podem dar sabor à vida dos que os cerquem, pelo fato de que eles têm tal gosto/sabor/qualidade em si mesmos.

Agora, compare isto com os modelos de "igreja". Sim; com a ênfase na propaganda, no mercado, nos nichos, na promoção, no show da fé, na massificação sem rosto, no crescimento quantitativo, na artificialidade dos modelos de crescimento piramidal; ou ainda: compare com a venda do "Evangelho" como produto de salvação; sempre para fora; sempre para o mercado; sempre segundo a Coca-Cola, ou a Pepsi, e nunca segundo Jesus; o Qual, entre nós, fazia tudo com discrição, sem o afã das promoções; e que mais que frequentemente, pedia que Dele não se fizesse propaganda, ou que se O expusesse à publicidade; posto que Seu modus operandi cumprisse a profecia que dizia: "Nas praças [Ele] não fará ouvir a Sua voz!"

O que isto significa? Que não se pode fazer propaganda de Jesus?

Sim; significa isto mesmo!

O Jesus propaganda é o Jesus do Mercado; é o Jesus do Bazar; é o Jesus da Venda; é o Jesus do Mundo!

Na realidade se diz que "a fama de Jesus corria por toda parte" e que "as multidões vinham ouvi-Lo de todos os lugares".

Todavia, isso acontecia porque acontecia; porque era verdade; porque não se consegue esconder a luz; porque se o sal for jogado na terra nota-se a diferença pelo sabor; porque se a semente virar árvore as aves dos céus a encontram com naturalidade; porque o achar da "pérola de grande valor" faz aquele que a acha sair alegre com tal descoberta; porque o "tesouro escondido no campo", uma vez que nele se tropece, faz o achador vender tudo e comprar o campo, a qualquer custo ou preço, tornando qualquer esforço apenas um ganho, uma alegria!...

Assim deveria crescer o "reino de Deus" entre os homens; e assim deveria ser com a Igreja dos discípulos de Jesus como expressão do "reino de Deus" na História.

Ora, isto faz sentido com a lógica de Jesus em tudo; embora difira radicalmente das lógicas humanas!

Sim; pois foi Jesus Quem disse que o grão de trigo tem que morrer a fim de dar muito fruto; que aquele que busca se salvar, perde-se; que aquele que morre, vive; que aquele que se humilha, será exaltado; e que é o pequeno que se faz grande!

O problema é que desde os apóstolos [...] pensar diferente sempre foi uma tentação. Tiago mesmo se vangloriava de ter "milhares e milhares com ele em Jerusalém", e também que um grande número de sacerdotes do judaísmo [...] eram cristãos "zelosos da Lei de Moisés".

Paulo parece ser o exemplo a ser seguido entre os apóstolos como aquele que não desistiu jamais do paradigma de Jesus; sem surtos de tomadas de cidades; sem querer erguer nada no Areópago; sem pretender nada além de ir plantado sementes de igreja nas casas; sem buscar conluio com autoridades das sinagogas; sem falsas expectativas —; enquanto, assim procedendo, em nenhum outro tempo apostólico [...] as coisas geravam mais bulício, produziam mais impacto nas cidades, alvoroçavam mais o mundo!

A Igreja que revolucionou o 1º e o 2º Séculos foi a de Paulo, não a de Tiago, a qual tinha Jerusalém como modelo!

Do 4º Século em diante, todavia, houve uma fusão do modelo de Jerusalém [o de Tiago] com o paganismo cristianizado, miscigenado, sincretizado, politizado e cooptado pelo Imperador Constantino.

Sim; esse é o modelo que vige até aos nossos dias!

Até mesmo o Protestantismo das raízes mais bem intencionadas se serviu dos aparatos que o Catolicismo havia produzido; como, por exemplo, os grandes prédios de culto ao estilo romano; os modelos oficiais de sacerdócio; as hierarquias de autoridade; a oficialidade dos sacramentos; a liturgia do culto; o oráculo procedente de oficiais; os vínculos com as realezas; o conluio com os principados políticos; e, consequentemente, com a propaganda e o mercado.

Assim, a Igreja casa [grão de mostarda] deu lugar à "igreja" Catedral; a Igreja fermento deu lugar à "igreja" da influencia; a Igreja do valor intrínseco deu lugar à "igreja" do intrínseco valor da propaganda; a Igreja do tesouro oculto deu lugar à "igreja" das promoções de poder.

Ora, é por isto que nos últimos 1700 anos a "igreja" teve todos os poderes do mundo na mão, mas o mundo apenas piorou! — sem falar que a Igreja de Deus teve que se ocultar ainda mais nas sombras da "Igreja dos Homens" ou até fora dela!

Desse modo, afirmo que faz milênios que o mundo não assiste ao que possa ser a verdadeira revolução da Igreja; sim, desde os dias em que gente como Paulo praticava a grandeza do pequeno; seguia a fermentalidade subversiva do oculto; celebrava com bravura feliz o achado de grande valor para o coração; e a criação de uma rede de amantes de Deus guiados pela leveza da Palavra apenas — em casas, em bosques, em pequenos grupos, em porões, em jardins particulares, em lugares públicos abandonados, etc... — sim; desde aquele tempo o mundo não viu mais o poder subversivo e sem dono humano da Igreja de Deus!

A revolução da Igreja no mundo decorre de sua disposição de ser não-proprietária; de ser hebreia na leveza peregrinante dos seus movimentos; de ser discreta e prática nas suas obras de amor; de ser o mais livre possível dos poderes constituídos deste mundo; de ser uma comunidade de amor, que se reúne para compartilhar a Palavra, orar, adorar e ajudar-se mutuamente; enquanto vive o testemunho do Evangelho em serviço de amor no mundo.

Se um dia essa Igreja reaparecer em grande escala de multiplicidade não adensada; se ela ressurgir na subversão de ser sem a propaganda de aparecer em outdoors; se ela ressurgir como agente ocultamente visível apenas por suas obras de generosidade e graça; se ela emergir como sombra simples que decorre da sua própria natureza; e se seu gosto for renovado pela qualidade existencial dos seus agentes — então, outra vez, sem que isto decorra de um plano ou de uma estratégia, mas da mera expressão da própria natureza de ser desse ente santo, o mundo tremerá sem saber nem de onde vem o abalo.

Nós, todavia, fomos ensinados pelo diabo que isto é morte, é fraqueza, é moleza, é perda de poder, é desistência de status, é suicídio, é entrega do que se conquistou ao mundo; é coisa de maluco; sim; de gente que perdeu a visão, perdeu a ambição, perdeu o espírito profético.

Sim; diante disso o diabo diz à "igreja": "Jamais! Isto de modo nenhum te acontecerá, Senhora!"

Ao que Jesus continua a responder: "Arreda de mim, Satanás; pois para mim tu és pedra de tropeço!"

Eu, porém, sei que grito no deserto; sei que sou lido como louco; sei que tais palavras são consideradas insanidades; sei que não serei ouvido; embora, em meu coração, saiba também que aqui e ali uns poucos me entendam; e, assim, eu julgue que pela conversão de alguns [...] o que hoje seja horrível, possa ser de um modo ou de outro melhorado; ou, pelo menos, possa, em acontecendo em que escala possa acontecer [...], suscitar, emular ciúmes na "Israel/Igreja/Pedrada" — usando os pensamentos de Paulo em Romanos 9,10 e 11.

Nele, em Quem tenho a consciência tranquila quanto a nunca ter deixado de dizer o que Igrejaé para Jesus,


Caio
20 de janeiro de 2012
Lago Norte
Brasília
DF

segunda-feira, 2 de junho de 2014

As decisões para com o outro na vida....

Pense nisso nessa semana que se inicia...

Abraço a todos e até domingo se Deus permitir.

Att;


Wellington Vanzo
(034) 91064250


As decisões para com o outro na vida....

 

Mt. 5:21 – Jesus falando na Galiléia...

 

"Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás, mas quem matar será castigado pelo juízo do tribunal. 
Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão: Raca, será castigado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: Louco, será condenado ao fogo da geena. Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 
deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta. 
Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão.
Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo."

 

 

As palavras de Jesus nestes versículos constituem sérias advertências para todos os discípulos, para todos os que querem viver conforme o Evangelho.

 

É de tal gravidade, que Jesus ordena que tudo cesse. Para tudo! Não continue até que resolva a questão.

 

Em razão das circunstâncias descritas nos versículos acima, o mundo está parado diante de Deus se você sabe que alguém tem algo contra você, e você que é objeto dessa certeza do outro, verdadeira ou falsa, procedente ou fruto da imaginação do próximo, nada faz na direção de mudar o que no outro se estabeleceu como verdade. Se não for verdade, trazendo luz à consciência alheia com a devida humildade, dizendo: não é desta forma, houve um mal entendido... deixe-me explicar isso.

 

Se o que o outro tem é verdadeiro, tem razão de ser. Pare tudo! Vai lá! Confessa os pecados, deixa de lado o orgulho e reconcilia-te com ele, busca tua absolvição,  pois é dele que tu precisas.

 

Neste instante o próximo assemelha-se a Deus. Se o que machucou ou atingiu o outro for humilde e quebrantado e pedir perdão com a sinceridade que Deus chancela como verdade, e o próximo fechar o coração, aí o problema fica com ele, saiu das mãos de quem praticou a ofensa.

 

O que Jesus diz é que os céus congelam, frisam, pedram, desde que, você sabendo, não curou, não buscou, reconheceu, não se moveu para tratar, para solucionar, para reparar, para acalmar o outro, para limpar as feridas que você fez.

As vítimas em situações são variadas. Pode ser o marido, a mulher, os filhos, os pais, o irmão de caminhada....

Vocês eram amigos, andavam juntos, se estranharam por um motivo razoável ou banal, o outro ficou com algo doído, uma queixa contra você, e você, sabedor não vai, não volta atrás, não o procura e deixa o outro padecendo, sofrendo, angustiado, ferido ou decepcionado.

 

As racionalizações são frequentes também nestas ocasiões: não tenho o que explicar, não quis ofendê-lo, não era o que gostaria de dizer, fui mal interpretado...

 

Entretanto, justificativas à parte, o que Jesus diz é: você sabe, está ciente e mesmo assim quer ter comunhão comigo, quer chegar perto do meu altar, quer provar a realidade de Deus, conhecer a Deus, quer ser por Deus, para Deus, servir a Deus. Pare tudo! Largue o que estiver fazendo ainda que seja "para Deus". Os céus estão congelados, desde que a sua consciência internalizou esse saber do estado do outro e você fechou o coração por qualquer razão e até se deu mais razoes contra o outro.

 

As suas obras atuais podem ser inegavelmente dignas aos olhos humanos. Você pode pregar, socorrer os necessitados, visitar os presos, orar pelos enfermos, aconselhar os miseráveis, mas se o seu coração em relação a quem você machucou ou feriu não está pacificado, ainda que você tente tente ser generoso com o mundo inteiro, se com esta ficou assim, tudo o mais está congelado, pedrado....

 

Como disse Paulo, ainda que pela sua fé montes e montanhas sejam transportados de um lugar para o outro, sem amor,  os céus congelam. Nada acontece, você congelou a graça, o amor, o perdão...e congelou a você mesmo, quando deixou o outro congelar nele.

 

O evangelho não aproveitará a ninguém se não houver disposição, no íntimo, de perdoar ao próximo.

 

Como disse Jesus: quem não perdoa o que pecou contra ele como o pai o tem perdoado gratuitamente, esse se auto-encarcera, chama todos os juízos e maldições da lei de volta sobre si, por que só a graça suspende as maldições da lei,  quando pela fé se recebe a graça e o favor e uma vez tendo recebido, transfere-se como perdão, justiça, generosidade para o próximo.

 

É um circulo, e este processo precisa se  completar, se a graça que vem dos céus e que infinita, louca e arbitrariamente, nos justifica, só por que cremos que Ele pagou tudo. Esta mesma graça se congela, trazendo condenação sobre mim, se do intimo, nós, sendo perdoados, não perdoarmos a todos que nos ofenderam.

 

Ora, tudo o mais é verborragia e esforço retórico! Se o evangelho não nascer nas entranhas da conversão humana, num nível de consciência que leve a uma radicalidade transformadora. Se o Evangelho não nos "engravidar", não implantar o Filho de Deus em nós,  com o coração de Deus, com a mente de Cristo, não vingou o evangelho em sua vida, nem na minha, nem em ninguém...

 

Pense em você agora! Você consegue refletir sobre gente que tem coisas contra você? Não se preocupe com venetas loucas, que brotam em gente traumatizada, melindrada, insegura, com vitimizações frequentes. Não! O problema reside em relacionamentos estreitos. Pode ser um amigo, um companheiro de jornada, o irmão, pai, mulher, mãe, irmão de igreja, alguém que tem algo contra você,  e você sabendo não alivia, esclarecendo se ele não estiver com a verdade ou pedindo perdão se tiver doído pela realidade do que aconteceu.

 

O tempo para isso é hoje.

 

Jesus disse que é "ENQUANTO ESTAMOS NO CAMINHO".... é hoje, o tempo de largar tudo no altar, reconciliar-se com o irmão...

É aqui que tudo acontece, toda a trama se desenrola no chão da vida, por isso Jesus diz: larga tudo e vai primeiro...

 

A ênfase de Jesus é tanta que é como se dissesse: deixa Deus para trás...você pensa no altar como culto, Deus em primeiro lugar, não tem a ver com aparência, símbolos, religião... Jesus diz: Deus está nele, no outro, no próximo... sofrendo.

 

Você quer cultuar a Deus? Corra onde está seu irmão.  Quer oferecer a sua vida  como oferta diante Dele? Se o seu próximo está machucado por você,  há nada a oferecer aqui, por que Deus está no coração, na vida do outro. O altar é o ferido que que você machucou com deliberação... e sabendo, não curou com graça, humildade, pedido de perdão sincero.

 

O Pastor Carlos Bregantim gosta de dizer: "O coração do outro é terra santa"....

 

Nada é mais simples, tragicamente simples, sério, no existir na presença de Deus. Quem ama O conhece, quem O conhece, sabe que Ele é amor, quem O conhece como amor, prova esse amor, quem ama perdoa, quem perdoa, fica humilde para se reconhecer pecador e pedir perdão, todo o que perdoa não tem problema de pedir na hora perdão...

 

Se é tão simples, é grave também. Se o orgulho o conduzir à indiferença a ponto de dizer essa pessoa não existe para mim, é "raca" (hebraico), sem importância, insignificante. Isso coloca homens e mulheres, crentes que se arrogam a discípulos de Jesus em situação inferior à de publicanos e meretrizes, visto que quanto a estes Jesus disse que os precederiam no Reino dos Céus.

 

Sim! A prática religiosa ou a espiritualidade pode ser impecável do ponto de vista da exterioridade, mas o coração pode estar cheio de ódio.

 

Um coração que não aprendeu a graça do perdão, do caminho da reconciliação, não aprenderá e fruirá nenhum beneficio do evangelho, jamais.

 

Se não for algo verdadeiro e visceral, permeando as  emoções e o ser, nenhum evangelho realizou bem algum e não se deve esperar bem nenhum do evangelho, se o coração decidir viver de raivas continuas, desprezos contínuos, ódios e rejeições contínuas.

A mensagem tácita para Deus é de que não se gosta de Deus,  de que não o aceita, por que Deus é amor e se você está escolhendo quem Deus não é, para ser em você, tal escolha revela a ausência de estima e zelo pelo que Deus efetivamente é.

 

Romualdo Junior


*Reflexão proposta na reunião da Estação do Caminho da Graça no último sábado, dia 17/05/2014.


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