terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Notícias da Nigéria
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Despeço-me do culto espetáculo
O mundo sofre… Crianças gemem e morrem. Diante dos horrores da história, abandonei a pretensão de ser abençoado.
Qualquer prece, com um mínimo de senso ético, deve considerar os mais sofredores. Quem se atreveria a furar a fila da bênção onde esperam africanos exilados e haitianos sem-teto? Um Deus que dispensa bênçãos, prioritariamente, sobre quem tem olhos azuis não merece a atenção de ninguém. Repetir que ele é uma divindade irada, sempre pronta a castigar, não mete medo, apenas aversão.
Se existe um Deus que na hora de distribuir maldições começa pelos mais miseráveis, ele deve ser tratado como um demônio. Não desejo continuar com uma fé que espera milagre de um Deus tribal. A divindade que fazia chover apenas no quintal dos seus queridos, não faz sentido para mim.
A noção primitiva de um Deus que afugenta gafanhotos quando vê obediência e que destrói plantação e causa fome diante do erro, não me seduz. Bênção e maldição retributivas não condizem com o amor gratuito de Deus em Jesus. Deus jamais se valeria do papel do bedel indignado que abandona bilhões à míngua.
Sem instrumentalizar a espiritualidade, desejo transubstanciar fé em ações; desde o silêncio contemplativo, cumprir a missão de incluir o marginalizado, valorizar o desprezado e cuidar do esquecido. O seguimento – do verbo seguir – de Jesus nasce de corações calmos. Um cristianismo existencial se tornou a melhor expressão para a minha piedade. Noto que liturgias centradas em emocionalismo desmerecem a tradição profética dos dois Testamentos.
Desde Isaías, cultuar só tem sentido se a justiça é protegida. Deus não tolera ajuntamentos e cerimônias autocentradas. Fazer culto para buscar o seu favor agride os céus. A verdadeira adoração disponibiliza pessoas para cuidar de órfãos e de viúvas. A verdadeira religião, segundo Tiago, consiste em cuidar dos mais esquecidos.
Qualquer verticalização de louvor só tem sentido quando promove a horizontalização do serviço. Espiritualidade cristã autêntica reconhece Deus no rosto do pobre, do nu, do faminto, do desterrado. Tudo o mais não passa de individualismo travestido de religião piegas.
Despeço-me do culto espetáculo.
Não quero estar em ambientes frenéticos. Anseio por reuniões que celebrem a graça sem paranóia, sem alguém tentando infundir culpa. Quero participar de comunidades leves, sem a afetação do glamour do mundo; uma igreja onde os sorrisos sejam gratos e os abraços, sinceros. O caminhar de Jesus não combina com espaços espetaculosos. Os valores do Reino prescindem dos holofotes.
aprendendo com o herege
Ricardo Gondim (valeu)
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Sinais!
Amigos, escrevo pra mim mesmo e compartilho com vocês. Feliz 2014. Bjo!
Gênesis 1:14 ARC
"E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos."
A mente humana precisa de referenciais de tempos, fases, períodos. Ela se renova por estes sinais.
Essa é a bênção de se ter nascer do sol e pôr do sol todos os dias. Dia e noite.
É como se fossem estímulos ao renascimento. É como zerar o que pra trás ficou. Tanto as dores quanto as alegrias. E o chamado é que a vida siga adiante. Com ânimo para novas alegrias e curada das dores passadas.
O Criador viu que isso era bom. Assim, colocou estes referenciais de tempo, desde o princípio.
Esses referenciais em si não possuem qualquer magia ou poder. Mas o milagre acontece dentro da gente. Na mente e coração.
São sinais de esperança! E a vida precisa deles. Toda criação, plantas, animais, humanos vivem não de elementos do metabolismo meramente físico (nutrientes sanguíneos e força orgânica) mas sobretudo do Metabolismo da alma e do Espírito.
Por isso, precisamos aprender a contar os nossos dias pra que achemos a sabedoria pra vida.
"Contar" não no sentido de auditoria, inventário e balanço de valores. Não.
"Contar", no sentido de saber o potencial de esperança que cada tempo nos traz.
"Contar" no sentido de que, como na parábola do filho pródigo saibamos a hora de sabiamente dizer: é agora! Levantar-me-ei e voltarei ao meu lar. E direi: Pai, perdão. Me trate como um de teus servos, pois vale muito mais servo próximo do que filho distante.
O Pai conta. Ele vê sol e lua. Cada dia. Cada ano. Esperança no portão. Cada dia representa uma nova chance de milagre no filho.
Esse "contar" os dias sobretudo é um contar que incide consciência sobre o nosso presente. Sem amarras ao passado e sem agonias com o futuro.
Hoje é o dia para o qual sol, lua, e todos os luminares e referenciais de tempo apontam.
Não há magias fora. Mas é dentro que o milagre da vida acontece contra tudo que se possa chamar de inviabilidade.
Os magos do oriente encontraram a esperança em forma de menino. Uma estrela era o luminar referencial no céu. Mas o verdadeiro milagre não era ela e nem estava em confortos materiais.
O milagre era o maior sinal e referencial de todos: Emanuel, Deus comigo, Deus contigo, Deus conosco.
O luminar aponta a esperança. Mas o milagre acontece dentro da carne humana.
Nascimento, Morte e Ressurreição. É isso que cada dia, através do sol e da lua, testemunha e repete a nós todos os dias. Todos os anos.
Feliz 2014. Feliz novo dia.
Marcello e família.
Marcello Cunha , Vem&Vê TV | Redes do Caminho | Caminho Nações
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